Já levei muitos nãos na vida. Mas friso: na vida, e não da vida. A vida não nos nega nada, mas nos direciona.
Talvez porque houvesse muitos nãos internalizados em mim. O tanto que absorvemos, interiorizamos e cristalizamos esses nãos. Mas chega um momento em que não há mais como conviver com esses nãos. Algo seu quer expandir.
O que mata mesmo não são os nãos (porque eles nem são verdadeiros). Mas o poder que nós damos para eles abafarem a nossa própria criatividade. A criatividade faz parte da nossa energia vital e uma hora precisa expressar nosso Ser por alguma via concreta. Tomar o nosso corpo e espaço que pertence no mundo. Abafar nossa criatividade é o que cria a sensação de rejeição de que a vida nos nega. Mas mais uma vez: ela nos direciona.
Esses nãos devem ser vistos como uma forma de redirecionamento. Conduzir para o lugar em que você deve expressar a sua criatividade inata.
Se você levar muito a sério esses nãos, corre o risco de virar um mero observador passivo da realidade, que não se permite participar dela por medo, vergonha ou vitimismo.
Perceba para onde a vida está direcionando a sua rota. Os nãos podem ser as placas dessa estrada. É por aqui e não por ali. Porque há algo ainda melhor nessa direção.
Dê uma janela para sua expressão pessoal, e logo ela lhe estará abrindo uma porta. Você nem vai lembrar que um dia existiu um não na vida. Você apenas estava fazendo o seu próprio caminho.
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